A visão é um dos cinco sentidos de fundamental importância. Pela falta, temos registro na história bíblica de alguns personagens que foram enganados sobremaneira e sem retorno. Cito o exemplo de Isaque, o patriarca filho de Abrão que, na velhice, quando suas vistas estavam escurecidas, foi ludibriado por causa de um comluio arquitetado por sua mulher Rebeca e seu filho Jacó. Sem entrar no mérito do plano de Deus para a história de Israel e da Igreja de Jesus Cristo, Isaque foi ludibriado pela falta da visão. Os demais sentidos não lhe auxiliaram quando impetraram a benção patriarcal.
No texto registrado do Evangelho segundo Marcos, capítulo dez do versículo quarenta e seis ao cinquenta e dois, está escrito que um cego mendigo chamado Bartimeu, estava sentado na beira do caminho e, ao reconhecer pelo som, que o Messias estava presente, clamou em alta voz por uma intervenção divina. Por mais que houvesse adversidade ao seu redor, ele insistiu em clamar: “Jesus, Filho de Davi, tenha misericórdia de mim”! Jesus, além de curá-lo, deu-lhe a percepção de que o único caminho para salvação estava à sua disposição. Bartimeu passou a seguir Jesus pelo caminho.
Enquanto Bartimeu nos dá esta importante lição de vida, muitos de nós, salvos e resgatados pelo poder do sacrifício de Cristo estamos perdendo a visão! A medida que vamos caminhando, perdemos muitas vezes Jesus de vista. Chamamos isto de “a grande cegueira”. Maior cego é aquele que enxerga e não vê.
Perdemos a visão quando não reconhecemos Jesus na nossa existência. O perigo da igreja secularizada está justamente em perder Jesus de vista. A igreja onde a razão fala mais alto que o Espírito. A igreja onde os bens temporais são mais importantes que a salvação da alma. A igreja onde a vida terrena com seus bens, está acima do anseio pela eternidade.
Perdemos a visão quando voltamos a sentar na beira do caminho. Estar sentado à beira do caminho significa ficar inerte a tudo o que está corroendo a sã doutrina. Parafraseando, estar à beira do caminho é estar em cima do muro. Estar à beira do caminho, significa não tomar iniciativa em meio ao engano e esperar, por medo de ser perseguido, pra ver o que poderá acontecer.
Perdemos a visão quando voltamos a mendigar. Voltamos a medigar quando deixamos de buscar água na fonte, Palavra de Deus, e passamos a acreditar em nossas experiências e nas experiências de líderes que dizem ter recebido uma nova unção a pretexto de uma santidade falsificada. Jesus disse que passarão os céus e a terra, porém, suas palavras não passarão. Qualquer movimento novo que promova mais o humano do que a glória de Deus, leva as pessoas a serem mendigas espirituais e reféns das instituições.
Perdemos a visão quando deixamos de clamar. Bartimeu saiu de seu estado de cegueira e pobreza porque insistiu em clamar. Seu clamor foi direcionado. Ele clamou ao filho de Davi. Em outras palavras, para não perder a visão é preciso suplicar. Em alta voz pedir a Deus em Nome de Jesus, que nos socorra para não entrarmos na escuridão chamada trevas espirituais.
O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir. O que o inimigo tem roubado Jesus tem poder para restituir. Ele disse, eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.
Chegou o tempo de clamar em alta voz e não nos conformarmos com o curso deste mundo nem nos intimidarmos com leis anticristãs. Oremos para que não percamos a percepão do Messias em Nossa existência e não voltemos a sentar à beira do caminho mendigando pelas migalhas que os sem visão possam nos oferecer.
Oremos pela restituição da visão bíblica para a igreja de Cristo que somos nós, os salvos pela sua infinita graça e misericórdia.
Por
Pastor Vanderlei do Couto - OBPC São Roque
www.informedit.blogspot.com
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