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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Síndrome de Filho Pródigo - Parte II

Continuando o estudo "Síndrome de Filho Pródigo", iremos contextualizar a realidade do filho pródigo, descrito na Parábola contada por Jesus em LUCAS 15: 11 – 24

ASPECTO SOCIAL


A parábola relata que o pai desse jovem tinha muitos empregados, ele era um homem de muitas posses, diante dessa evidência podemos conjecturar que ele era um homem sociável, que sua casa era freqüentada por muitos. Com certeza o jovem presenciava tudo isto, e quantas coisas ele ouvia essas pessoas falarem a respeito do mundo que ele não conhecia.
Dentro da casa do pai esse filho estava protegido das condições que a sociedade impõe: o consumismo, a liberdade sem limites e quantas histórias esse jovem pode ouvir dos convidados de seu pai. Isso com certeza despertou nele a curiosidade de conhecer o mundo fora da casa do pai.
Aplicando este aspecto dentro da igreja, podemos afirmar que a curiosidade de muitas pessoas, que não tiveram um contato com o mundo exterior fora da casa do Pai, que as histórias faladas por pessoas que tiveram essa experiência fora, causam nas pessoas que nasceram dentro do berço evangélico o desejo de conhecer o mundo, os seus prazeres e a sua forma de vida desenfreada longe da presença de Deus.
É exatamente isto que acontece dentro das igrejas, às pessoas se acostumaram com a vida medíocre de falsos cristãos, vivem de uma falsa religiosidade, a igreja também é um lugar sociável, porque afinal de contas ela é composta por pessoas.
Só que, há uma grande diferença que separa essas duas sociedades, dentro da igreja na casa do Pai vivemos para o Pai, o Pai vive por nós e consequentemente toda a família cristã vive em função de um para o outro. É o contrário da sociedade exterior, que cada um vive por si mesmo, e o jovem pode contemplar isso, vivendo em sua própria pele a hipocrisia, o engano, o desprezo e a ilusão que é viver longe da casa do pai.
Em terras distantes o jovem pode sentir a falta do carinho do pai, o estender das suas mãos nas horas que ele mais precisou de alguém que lhe ajudasse, o mundo o esnobou o desprezou o ignorou o levou a decadência moral, espiritual, social e econômica. Ele próprio reconheceu isso quando ele expressou: “Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores do meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pareço de fome!” Lucas 15:17.
Muitos hoje não têm a oportunidade que o jovem teve, porque não conseguem olhar para dentro de si e reconhecer que erraram, que se precipitaram em deixar a casa do pai para viver uma aventura no mundo e, muitas das vezes, o próprio mundo os consome e eles não conseguem encontrar o caminho de volta. Mas mesmo assim, o pai continua a espera da volta do filho amado. “Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. I João 2:15 – 17
Muitos se apegam ao conforto da sociedade em que vivem, se acostumam com festas, com encontros marcantes, porém depois de tudo isto curte um tremendo e profundo mal-estar de solidão. É o que acontece com muitas pessoas dentro das igrejas, as pessoas se acostumam com festas, movimentos e momentos de êxtase. No aspecto social, este jovem experimentara tudo isto. Dentro da casa do pai o jovem estava protegido dos excessos da sociedade. A sua vida tornará uma rotina, eis aí o perigo de nós nos acostumarmos com Jesus, em vez de valorizarmos a pessoa de Jesus, em vez de desfrutarmos da sua presença para crescermos na sua graça, estamos preocupados no que Jesus pode nos oferecer, na provisão que ele pode nos trazer. Muitos seguem a Jesus simplesmente por interesse, certa vez Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo que me buscais, não pelos sinais miraculosos que vistes, mas porque comestes do pão, e vos fartastes”. João 6: 26.
Os crentes nas igrejas nos dias de hoje estão fartos (satisfeitos) da provisão de Jesus(milagres, dons, ministérios e etc.), porém estão vazios da sua presença e vazios da intimidade de Jesus. Foi isto que fez com o jovem da parábola em foco abandonasse a casa de seu pai. Ele estava satisfeito com que o pai podia lhe oferecer, porém estava vazio da presença e da intimidade de seu pai.


ASPECTO ECONÔMICO


“O mais moço deles disse ao pai: Pai, da – me parte dos bens que me pertence.....”. Lc15:12
Que ousadia desse filho, ele pede ao pai uma coisa que teoricamente não tinha direito, isto é, os bens pertenciam ao seu pai, pois o mesmo ainda vivia. Sabemos que alguém só pode herdar um bem de outro quando o dono dos bens vier a falecer. O jovem vivia uma vida economicamente boa, ele desfrutava da riqueza de seu pai, porém não estava satisfeito.
Talvez esse pai já tivesse dividido os seus bens entre os filhos, quem sabe o pai havia feito um documento em vida que testificasse essa divisão, porém, os filhos só teriam acesso total aos bens para fazer o que desejassem após a morte do pai. Provavelmente os filhos tinham conhecimento disto, porque a parábola nos relata que o filho mais moço reclama ao pai o direito de parte dos bens que lhe cabia. Trazendo esse episódio para aplicarmos na nossa vida cristã, será que isso não tem acontecido com muitos de nós, quantos abandonam a casa do Pai, vivem uma vida confortável na casa do Pai, porém não estão satisfeitos. Muitos agem como esse moço da parábola, de um momento para o outro resolvem partir.
O pai sem questionar a atitude do filho, resolve satisfazer o desejo do filho, mesmo sabendo que não tinha a obrigação de atender a reivindicação de seu filho. O moço pega parte dos bens que achava que tinha direito e vai embora deixando o seu lar, sua família e seu pai que tanto lhe amava. Observamos na parábola que o pai não questionou a reivindicação de seu filho, assim é também na casa de Deus, quantos reivindicam o direito de ir embora, pegam parte dos bens que pensam que tem direito e saem da presença do Pai (Deus), do lar e do aconchego da família (Igreja). Essas pessoas agem perante Deus como filhos ingratos, o Salmista nos relata o seguinte. “ fez chover sobre eles o maná para comerem, e lhes deu cereal do céu. Cada um comeu o pão dos anjos; mandou – lhes comida com abundância. Fez soprar no céu o vento do oriente, e trouxe o vento sul com a sua força. Fez chover sobre eles carne como pó, e aves de asas como a areia do mar. Fê – las cair no meio do seu arraial, ao redor das suas tendas. Comeram e se fartaram, pois, lhes satisfez o desejo”. Salmos 78:24 – 29.
O Salmista está falando da provisão de Deus aos filhos de Israel no deserto, a maneira que Deus agiu com amor e com dedicação atendendo o desejo de seu povo, mas como foi que o povo retribuiu a Deus? Qual foi o procedimento daquele povo diante de tanta expressão de amor e bondade por parte de seu Deus? Vejamos o que está relatado em Número 21:5, “falaram contra Deus e contra Moisés dizendo: Porque nos fizeste subir do Egito, para morrermos neste deserto? Aqui não há pão nem água, e nossa alma detesta esse miserável pão”.
Quantas pessoas dentro das igrejas agem como o povo no deserto, estão insatisfeitos com o maná que Deus tem lhes concedido, e muitas das vezes dizem: Estou cansado de ouvir o mesmo pregador da casa, queremos ouvir gente de fora. Muitos não usufruem da presença do Espírito Santo na igreja, estão somente com o corpo presente, mas o seu espírito está longe, não conseguem absorver a palavra ministrada, não se deixam ser tratados pelo Senhor da palavra.
Os presentes que o Senhor tem concedidos aos seus filhos, para muitos se tornam pedras de tropeço, não por culpa do Senhor, mas pela infidelidade de muitos que se sentem todos poderosos porque receberam de Deus algum dom seja ele ministerial ou espiritual. O povo esquece que o poder não está no pregador, não é o pregador que convence que satisfaz os desejos e necessidades da nossa alma e, sim, o Espírito de Deus que revela a vontade de Deus através de sua palavra, usando o pregador. Embora, muitos pregadores deixam a desejar quando vão ministrar a palavra do Senhor ao povo, são pregadores mal preparados, com ego muito elevado, esquecem que foram chamados para pastorear, para cuidar do rebanho do Senhor e não para massagear seu ego em cima do púlpito. O moço da parábola estava assim na casa do pai, estava com seu ego muito elevado, pois, nada lhe faltava.
O pai, sem questionar, atende o desejo do filho, entrega – lhe o despojo, e ele sem direção, sem discernimento do mundo lá fora, parte para sua aventura longe da proteção e do amor do pai.

Continua ...


Por
Pastor: Carlos Roberto Corrêa Dias
E-mail pr.carlos_dias@yahoo.com.br

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